Os quistos do pâncreas constituem uma entidade cada vez mais comum na prática clínica, em paralelo com o envelhecimento populacional. A maioria destes quistos são benignos, sendo que apenas uma pequena percentagem acarreta risco de progredir para cancro do pâncreas.

O presente artigo sumariza as diferentes recomendações de avaliação de risco e estratégia de seguimento de neoplasias papilares intraductais do pâncreas (IPMN).

Para gerir esta condição, é fundamental existir uma equipa multidisciplinar preferencialmente num centro de referência. Através da avaliação de risco é importante selecionar os doentes que necessitam de cirurgia ou que devem manter vigilância clínica, laboratorial e com meios complementares de diagnóstico (ressonância magnética abdominal e, eventualmente, ecoendoscopia).

Perante o envelhecimento populacional, e tendo em conta características do quisto, idade do doente, fragilidade e comorbilidades, a decisão de suspender o seguimento deve ter em conta critérios rigorosos e baseados na evidência.

O Clube Português do Pâncreas, através deste artigo, apresenta uma perspetiva atualizada da abordagem perante um doente com IPMN, embora reforce a importância da criação de um consenso internacional unificado para uniformizar cuidados de saúde.

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