Embora exista uma convicção forte de que alterações da microbiota intestinal possam ter um forte papel a determinar o risco de Doença de Crohn, nunca tinha sido demonstrado que existia de facto disbiose a preceder o início da doença (em vez de ser apenas consequência da inflamação intestinal).
O estudo GEM (genes, enviroment and microbiota), um estudo internacional multicêntrico que segue prospectivamente familiares em primeiro grau de doentes com Doença de Crohn (DC), identificou pela primeira vez um conjunto de microbiomas (score de risco) associado a predição de risco de DC. Destaca-se uma diminuição da abundância em Roseburia, sugerindo que a diminuição de Roseburia pode desempenhar um papel na manutenção da inflamação intestinal, que inicialmente ajudou a desencadear.
Referência:
1 Raygoza Garay, J. A. et al. Gut Microbiome Composition Is Associated With Future Onset of Crohn's Disease in Healthy First-Degree Relatives. Gastroenterology, doi:10.1053/j.gastro.2023.05.032 (2023).