Pesquisa

COVID-19 nos Serviços de Gastroenterologia: o impacto da primeira vaga

Em março de 2020 a disseminação do vírus SARS-CoV-2 levou à declaração de pandemia pela Organização Mundial de Saúde. Para entender o impacto e a adaptação dos Serviços de Gastroenterologia à primeira vaga, foi realizado um estudo nacional através dum inquérito ao qual responderam 21 hospitais.


Verificou-se que na maioria dos serviços, durante o estado de emergência, os profissionais de saúde dedicados à Gastroenterologia tiveram que ser mobilizado, para unidades dedicadas ao COVID-19 ou ao Serviço de Urgência, por exemplo. Todos os Serviços instituíram consultas não-presenciais, por telefone ou vídeo-chamada. Houve uma redução drástica dos exames de endoscopia digestiva realizados – de facto, quase metade dos Hospitais apenas realizaram exames considerados urgentes. Nos meses que se seguiram, de maio a setembro 2020, constatou-se uma recuperação parcial da atividade não-urgente. Salienta-se que em cerca de 80% dos hospitais foram adiados exames a pedido dos doentes por receio de contraírem infeção COVID-19. A maioria dos Serviços de Gastroenterologia pretendia manter alguma forma de consulta não-presencial, no futuro.


Estes dados são pertinentes para se obter um panorama nacional sobre as estratégias adotadas, para posteriormente permitir uma otimização nas vagas subsequentes, no sentido duma melhor prestação de cuidados.