Mónica Velosa é a nova presidente do Núcleo de Neurogastrenterologia e Motilidade Digestiva (NNMD) e já tem as prioridades para o biénio bem definidas. Com uma visão assente na integração multidisciplinar e na humanização da prática clínica, a responsável pretende dar continuidade ao trabalho desenvolvido nos últimos anos, promovendo uma abordagem mais próxima, colaborativa e centrada no doente.
“O meu modelo para os próximos dois anos é integração”, afirmou Mónica Velosa, sublinhando a importância de fomentar uma maior articulação não só dentro da Gastrenterologia, mas também com outras especialidades de apoio, como a Nutrição, Psicologia, Psiquiatria, Imunoalergologia e Neurologia.
“Queremos ganhar mais proximidade com a comunidade médica e também com os doentes, porque há uma necessidade de nos aproximarmos para conseguir informar de uma forma mais adequada e coerente”, acrescentou.
A nova presidente destacou ainda que as doenças do eixo intestino-cérebro e os distúrbios da motilidade digestiva são cada vez mais frequentes e assumem um papel relevante, não só no diagnóstico, mas também no tratamento que pode passar por intervenções endoscópicas ou cirúrgicas.
Numa fase marcada pela tecnologia e pelo acesso ilimitado à informação, Mónica Velosa defende que a comunicação com o doente é mais essencial do que nunca. “As pessoas chegam com os seus diagnósticos quase feitos, já têm uma ideia predefinida, e é necessário reencontrar os doentes num sítio onde estão, que muitas vezes é um espaço de medo, de ansiedade ou de preocupação”, explicou.
Para a presidente, o desafio passa por suavizar a fronteira entre a tecnologia e a humanização, tornando o contacto médico mais acessível e empático.