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US Quiz of the Month – September 2011

CASE REPORT

Mulher de 61 anos referenciada à consulta de Gastrenterologia na sequência de 4 episódios de pancreatite aguda num período de 7 meses, com investigação etiológica inicial não conclusiva (incluindo análises laboratoriais, com lipidograma e doseamento de cálcio, ecografia e TC). Estes episódios de pancreatite aguda foram auto-limitados, sem critérios de gravidade clínico-laboratoriais ou na TC. Após cada episódio, constatava-se rápida melhoria clínica mediante suspensão da dieta oral e analgesia, sendo os episódios de pancreatite intercalados por períodos assintomáticos. A doente negava história de consumo de álcool, ingestão de medicamentos ou drogas, ou história familiar de doença pancreática.

Apresentava 3 ecografias e duas TCs abdominais (realizadas durante os internamentos por pancreatite), sem alterações relevantes (apenas com edema do pâncreas). Tinha realizado ainda CPRM, que apresentava alguns artefactos, tendo sido considerada inconclusiva. Para avaliação do parênquima pancreático, região ampular e via biliar principal, foi realizada ecoendoscopia. Esta não evidenciou alterações sugestivas de pancreatite crónica, lesões focais do pâncreas ou litíase biliar. Na ecoendoscopia a partir do bulbo duodenal (Figura 1), salientava-se a ausência de ?stack sign?, não sendo portanto possível a visualização do ducto pancreático a percorrer a cabeça pancreática paralelamente à via biliar principal.