• Formação:

Reconhecemos que, na área da Nutrição, a formação dos gastrenterologistas portugueses fica aquém da excelência que temos noutras áreas. Um indicador objetivo desta insuficiência são os resultados obtidos pelos nossos jovens gastrenterologistas nos exames do European Board, onde a secção de Nutrição é, frequentemente, aquela em que os resultados são menos conseguidos. Naturalmente, esta menor preparação tem um enorme potencial para se traduzir em decisões clínicas imperfeitas e este é um cenário que pretendemos ajudar a melhorar. É a prioridade desta Direção.

Nesse sentido o NNG vai prosseguir o programa de formação que foi delineado no início e que foi interrompido pela pandemia. Este inclui a prossecução do Curso de Nutrição em Gastrenterologia que temos vindo a organizar na última década, formação básica para todos os jovens gastrenterologistas e internos. Este curso é baseado no programa Long Life Learning da ESPEN com a estrutura atual de três dias, que inclui a grande maioria dos temas de nutrição na clínica gastrenterológica. A este curso fundamental, juntam-se dois cursos monotemáticos, um na primavera outro no outono, com temas variados e duração de um dia.

Para os mais interessados nesta área, o NNG estimulará e apoiará a extensão e o alargamento da formação LLL da ESPEN, no sentido de obterem a competência europeia em nutrição clínica, o ESPEN diploma in Clinical Nutrition and Metabolism.

O NNG irá propor um programa de formação em Nutrição Clínica para os internos da formação em gastrenterologia que seja compatível com o atual programa de formação e que leve em conta as futuras recomendações da Competência em Nutrição Clínica da OM. Este programa/curriculum básico na área da nutrição em gastrenterologia poderá ser integrado voluntariamente na formação da generalidade dos internos.

O NNG procurará obter um patrocínio para estágio em serviço de referência no âmbito da nutrição em gastrenterologia.

• Investigação:

O NNG procurará divulgar os trabalhos publicados pelos gastrenterologistas portugueses no âmbito da Nutrição Clínica, nomeadamente através do “artigo do mês”.

O NNG procurará estabelecer uma rede informal de gastrenterologistas interessados na área da nutrição, de modo a facilitar a criação de estudos multicêntricos.

O NNG procurará obter um patrocínio para um prémio anual para o melhor trabalho efetuado no âmbito da nutrição em gastrenterologia.

• Gestão científica e apoio clínico:

O NNG irá submeter para publicação no GE, um artigo focando as suas orientações no âmbito da Falência Intestinal Prologada – Síndrome do Intestino Curto, trabalho produzido com um apoio de um “grant” específico entregue para o efeito à SPG.

O NNG irá criar um registo nacional da Falência Intestinal Prologada – Síndrome do Intestino Curto, no âmbito do Cerega.

O NNG procurará, ainda, criar parcerias com entidades similares de sociedades de outras nacionalidades.

Para este projeto ambicioso necessitamos da ajuda de todos os gastrenterologistas,

Obrigado,

Jorge Fonseca